Pesquisar este blog

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MANIFESTO EM DEFESA DO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO - UERN


Por Hugo TavaresO Fórum Institucional pelo Desenvolvimento da Região Trairi – Santa Cruz-RN, considerando o funcionamento de instituições de ensino superior – Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN (Faculdade de Ciências da Saúde), a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), além de instituições privadas – no município de Santa Cruz, resolve propor ampla discussão acerca dos rumos da educação superior na região do Trairi, visto perceber claramente que a UFRN e o IFRN têm dado respostas claras e convincentes às demandas locais e regionais, inserindo-se e enraizando-se na região, muito possivelmente pela forma como ambas aqui aportaram, através de ampla discussão, via audiências públicas, que envolveu a sociedade civil, os grupos políticos, os setores educacionais, entre outros.
A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), instalando-se inicialmente em Santa Cruz, com apenas dois cursos (Ciências da Computação e Enfermagem), tem frustrado a população pelo fato de ter aberto apenas uma turma do curso de Enfermagem e não mais ter sido dado prosseguimento ao ingresso de novos alunos.
A UFRN vem ofertando cursos na área de ciências da saúde, enquanto o IFRN atende às demandas na área das licenciaturas em ciências matemática e da natureza (dada a carência de professores na área), com possibilidade também de ofertar cursos na área de tecnologia.
Diante do quadro acima exposto, faz-se necessária uma discussão, mais aprofundada, acerca das ofertas educacionais que a UERN poderia fazer na região do Trairi, evitando-se sobreposição de cursos. Para tanto, é urgente que a UERN atenda ao chamamento da sociedade e que, com ela, consiga apontar saídas que garantam a estabilidade nas ofertas educacionais e que funcione em toda sua plenitude. Tal metodologia evitaria a abertura de cursos que não tivessem sustentabilidade nas ofertas e no funcionamento e manteria acesa a chama universitária, afastando a insegurança e a desconfiança que paira sobre a sociedade quanto ao futuro da instituição.
Procurada pelo Fórum, a Prefeitura Municipal mostrou-se disposta a participar, como parceira, dos esforços para viabilizar o funcionamento pleno da UERN no município de Santa Cruz.

Santa Cruz-RN, 24 de janeiro de 2012.

Um comentário:

  1. ENSINO SUPERIOR PÚBLICO GRATUITO PARA RICOS?

    O pior inimigo do povo brasileiro é a demagogia sem sentido, como é o caso da disseminação nas escolas e faculdades do preconceito ideológico que impede a implantação do Ensino Universitário Público Pago.

    A gratuidade indiscriminada favorece os que podem pagar, que utilizam boas escolas de base para que seus filhos estudem de graça nas universidades públicas, onde os professores ganham várias vezes mais que os do ensino fundamental e médio.

    Os pobres estudam em escolas de base públicas, em boa parte ruins, e trabalham para pagar o ensino superior em faculdade particular de segunda linha, limitando-os no mercado competitivo.

    Quem pode, que pague e contribua para que outro estude; quem não pode, que receba bolsa reembolsável e pague quando puder. Nos países que adotaram este modelo, as desigualdades sociais diminuiram muito, pelo simples fato de que os recursos para investimentos para a multiplicação das vagas são muito maiores.

    Nos EUA, todo ano formam-se 18 milhões de alunos de curso superior, ante pouco mais de 1,5 milhão de alunos no Brasil. Isso porque temos de contar com as faculdades privadas que geram mais vagas que o Estado. Só que elas se proliferaram às custas de quem sofre muito para pagar. Até a China já adotou o modelo anglo-americano, em 1998.

    Porém, enquanto no Brasil tivermos ensino universitário público com a gratuidade indiscriminada, com várias universidades públicas inúteis e com despesas extraordinárias; corporativismo doentio; com baixos salários no ensino de base, sem valorizar o mérito de alunos e professores, seremos eternamente um País do Futuro.

    RESUMO
    1) A gratuidade não tornou mais eqüitativa a educação superior, que se manteve como privilégio das camadas médias e altas da população;
    2) o aporte adicional de recursos para a Universidade com a cobrança de mensalidades permite melhorar a qualidade dos serviços acadêmicos que, de outra forma, custariam pouco ou nada, mas também teriam reduzido valor para seus adquirentes;
    3) o financiamento da instituição por parte do indivíduo criará uma situação de competição entre as Universidades, que repercutirá favoravelmente sobre a qualidade;
    4) não é possível financiar os estudos dos pobres com dinheiro dos ricos através de escolas particulares.

    ResponderExcluir