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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Galvêas: União gastou R$ 122 bilhões para conter a inflação em 2011

 

O controle da inflação continuará como um dos maiores desafios econômicos para o país, afirma o ex-ministro Ernane Galvêas no documento "Síntese da Conjuntura", da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
A mudança da estrutura social brasileira, o aumento da classe-média e as mudanças da hábitos de consumo da população obrigaram o Banco Central a mudar a estrutura do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) , afirma o ex-ministro.
Ernane Galvêas, ex-ministro da Fazenda
Ernane Galvêas, ex-ministro da Fazenda
Na nova metodologia, o item educação caiu de 7,21% para 4,37% enquanto os serviços subiram de 23,43% para 31,32%, o de transportes de 18,68% para 20,54% e o veículo próprio de  7,33% para 10,32%. Nisso, a inflação do ano passado, medida pelo IPCA, subiu 6,5%, contra os 5,9% em 2012. "Para este resultado, foi fundamental a redução do IPI sobre bens de consumo duráveis" acredita Galvêas.
Segundo o economista, a pressão inflacionária é um dos principais fatores que influenciam as decisões econômicas como, por exemplo, a taxa de juros. Por isso, as estiagens e as chuvas que prejudicam a produção agrícola farão grande pressão na economia. "Estes problemas certamente elevarão os preços" afirma.
"Segundo consta, o esforço da União para conter a inflação em 2011 custou R$ 122 bilhões, inclusive R$ 60 bilhões como corte adicional de despesas" analisa o ex-ministro.
Ernane Galvêas foi ministro da Fazenda, presidente do Banco Central e assessor econômico do governo brasileiro por décadas. Também trabalhou na iniciativa privada, em empresas como a Aracruz Celulose. É bacharel em Ciências e Letras, Contabilidade, Economia e Direito.

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