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domingo, 7 de agosto de 2011

Acusado de ilegalidade, deputado se faz de vítima do Ministério Público

O pronunciamento do deputado estadual Tomba Farias, feito no plenário da Assembleia Legislativa, surpreendeu a todos. Ao invés do
ex-prefeito de Santa Cruz explicar o porquê de ter realizado diversas contratações com dinheiro público, mas sem licitação, o parlamentar usou a
fórmula mais frágil e, por isso mesmo, a menos convincente: Tomba, o primo do prefeito Péricles Farias, preferiu se fazer de vítima do Ministério
Público Federal.
                Diante de todos os deputados, Tomba afirmou que o assunto das denúncias contra ele, acusado de dispensa indevida de licitação e
superfaturamento em contratos, eram “requentadas”.
                Ora, como afirmar que uma denúncia feita no dia 25 de julho de 2011 tenha sido requentada? Certamente o deputado preferiu usar o termo
“requentada” por ter dezenas de processos tramitando no Judiciário onde é acusado de crimes semelhantes envolvendo o dinheiro público.
                O “requentado” aí é que a ação judicial contra Tomba é “só mais um”, diante de dezenas que tramitam na Justiça.
                Ao invés de se fazer de vítima de um complô do Ministério Público Federal, o deputado deveria ter explicado por que usou a miséria da
zona rural para contratar empresas sem licitação na zona urbana. Faltou Tomba explicar por que contratou a empresa JUACEMA para algumas obras se todos já sabem, inclusive o próprio MP, de que essa é uma empresa de
laranja.
                Lamentavelmente, o deputado nada explicou, depois de um longo pronunciamento na Assembleia, as dúvidas permanecem e as acusações do Ministério Público Federal ganham contexto de verdade.
                

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