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quarta-feira, 25 de abril de 2012

A satisfação de integrar a Central de Transplante do RN

    O programa Profissão Repórter, exibido na noite de ontem pela Rede Globo de Televisão, exibiu uma reportagem mostrando como funcionam as Centrais de Transplantes,  o drama dos pacientes, o trabalho dos médicos, a corrida contra o tempo para viabilizar o transplante dos órgãos. No Rio Grande do Norte o trabalho é realizado pela Central de Transplante, instalada no Hospital Walfredo Gurgel.
    Com muita satisfação faço parte dessa rede de profissionais que atuam diretamente nos transplantes realizados no Estado potiguar, seja a captação de órgão, seja o procedimento para transplantar o órgão. Muito mais do que uma simples atividade profissional, a atuação na Central de Transplante traz uma satisfação pessoal por atuarmos diretamente no trabalho de salvar vidas.
    O serviço na Central de Transplante ocorre no sistema de sobreaviso. O chamado acontece a qualquer momento, é a busca por salvar vida com a doação de outra vida. Os órgãos captados  muitos ficam no Rio Grande do Norte e alguns seguem para outros Estados. Independente de para qual cidade segue o órgão, o importante é salvar vida.
    Na Central de Transplante  estou atuando há cerca de dois anos. Oficialmente são 20 horas de trabalho semanal. Mas o sistema de sobreaviso nos leva a estarmos sete dias por semana direto a disposição desse trabalho de captar órgãos para doação.
    No entanto, a minha atuação com transplantes cardíacos no Rio Grande do Norte data muito antes disso. Há dez anos sou credenciado pelo Ministério da Saúde para realização de transplante cardíaco. No Rio Grande do Norte, a equipe de cirurgiões que integro já realizou 17 transplantes. E dezenas de coração já foram captados com doadores no Estado potiguar e enviados para outros Estados brasileiros.
    No Rio Grande do Norte também participei ativamente da elaboração do protocolo de retirada de coração. O documento serviu como base para as Centrais de Transplante de todo país.
    Atuar na Central de Transplante do Rio Grande do Norte é motivo de satisfação pessoal, fazer do meu trabalho um instrumento para salvar vidas através da doação de órgãos de outras vidas.

Marcos Lima
Cirurgião Cardíaco

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