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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

121 vítimas de incêndio em Santa Maria seguem internadas


Pelo menos 40 estão em estado grave, de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Tragédia na madrugada de domingo matou 231 jovens

Luis Bulcão, de Santa Maria
Familiares durante o velório das vítimas do incêndio em Santa Maria, no Rio Grande do Sul
Familiares durante o velório das vítimas do incêndio em Santa Maria, no Rio Grande do Sul - Neco Varella/EFE
Natalício Soares, de 51 anos, tinha o semblante de Santa Maria na manhã desta segunda-feira: olhos vermelhos de choro, voz embargada. No Ginásio Desportivo Municipal, onde são veladas 14 vítimas da tragédia na boate Kiss, que ceifou 231 vidas, Natalício mantém-se de pé, ao lado do caixão do filho, Lucas Dias de Oliveira, que morreu aos 21 anos. "Fica na memória um filho carinhoso, amável, dócil, querido por todos. Era acostumado com a lida do campo, ginete, laçados, treinador de cavalos. Queria fazer veterinária, morreu ao lado de amigos", afirma o pai, amparado por familiares, amigos e por toda a estrutura montada no ginásio. No local estão médicos, enfermeiros, psicólogos e voluntários que servem café e lanche aos enlutados.
Nesta manhã, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reuniu a imprensa no centro da quadra para informar que 121 sobreviventes da tragédia seguem internados: 82 em hospitais de Santa Maria e 39 em Porto Alegre. Das vítimas internadas em Santa Maria, 40 seguem em estado grave. De acordo com o ministro, a grande maioria dos casos é de intoxicação respiratória. Outros 20% são vítimas de queimaduras graves.

Padilha afirmou que a crise ainda não terminou e que os agentes de saúde continuam em alerta máximo. "São pessoas em estado grave. O alerta é permanente. Existe a possibilidade de surgirem sintomas de intoxicação em até três dias após o incidente. Entre a divulgação do primeiro boletim, na manhã de domingo, até o final da tarde, cinco pacientes procuraram atendimento e tiveram evolução para um quadro grave", afirmou.
O ministro disse ainda que mais sete pacientes podem ser transferidos para a capital do estado ainda na manhã desta segunda. O traslado está sendo feito via helicóptero, aviões da Força Aérea Brasileira e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) aéreo. Apesar do alerta, o ministro afirmou que nenhum paciente morreu durante a última madrugada

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