A
revista ÉPOCA trouxe uma pequena e inédita obra-prima, estrelada por
Henrique Alves e Renan Calheiros, ambos candidatos às casas legislativas
do Congresso Nacional, respectivamente, Câmara Federal e Senado
Federal.
Trata-se da íntegra da Operação Navalha,
que, em 2007, revelou ao país a existência de um esquema comandado pelo
empreiteiro Zuleido Veras, da construtora Gautama, que pagava propina a
políticos e burocratas em troca de contratos com ministérios de
Brasília e governos estaduais. Apenas uma minúscula fração da enorme
quantidade de provas produzidas pela PF veio a público naquele momento.
Na papelada, há evidências fortes de pagamentos de propina para Renan e
Henrique. Ou Henrique e Renan.
As provas constituem-se de
interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, relatórios de
vigilância dos assessores de Renan e Henrique Alves, recibos bancários,
anotações em agenda – e até uma contabilidade de caixa dois, preparada
pelo tesoureiro de Zuleido. Entre a miríade de episódios de corrupção,
conta-se aqui o que envolveu a construção da barragem Duas Bocas/Santa
Luzia, no Rio Pratagy, em Alagoas, para ampliar o abastecimento da
região metropolitana de Maceió. A busca de Zuleido para liberar dinheiro
para a obra mobilizou tanto Renan quanto assessores de Henrique Alves.
Era uma obra de R$ 77 milhões que, depois de receber R$ 30 milhões, está
parada. Nada mudou. Assim como nada mudou em Brasília, onde os
personagens envolvidos nesse desvio continuam em seus cargos. E, agora,
subirão a seu derradeiro e consagrador ato final.
A reportagem da Revista Época é o destaque deste sábado político ensolarado, o amigo leitor pode conferir clicando AQUI.
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