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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A educação de Santa Cruz: sobra dinheiro, falta gestão



A qualidade da rede municipal de Santa Cruz já foi atestada, ou melhor reprovada, pelos órgãos federais que aferem a qualidade do ensino. Além disso, no dia-dia das nossas escolas observamos (estarrecidos) a falta de professor, baixa qualidade do ensino, evasão escolar e as salas de aula sem a estrutura mínima para bem acomodar os alunos.
A baixa média da qualidade pode até fazer o espectador mais desatento pensar que ela é reflexo da falta de recursos. Puro equívoco!
Na verdade, o município de Santa Cruz vive uma estampada contradição na educação. De um lado os cidadãos contemplam estarrecidos os números da comprometida qualidade e, mais do que isso, atestam na prática a deficiência da educação.
Em outro ângulo, observamos, igualmente surpresos, os muitos recursos que chegam para Prefeitura de Santa Cruz com o objetivo fim de: investir na qualidade da educação. Esse dinheiro, em sua grande parte originário de repasses do Governo Federal, vem com a rubrica "carimbada", ou seja, deve ser usado exclusivamente na educação do povo santacruzense.
Em 2010 nossa cidade recebeu só do Governo Federal R$ 3.805.354,96, depósito feito pelo Ministério da Educação, e destinado a qualificação do ensino, dentro do Programa .
Além disso, nunca é demais lembrar que hoje a educação recebe verbas exclusivas, como é o caso do Fundo de Educação Básica (Fundeb), composto por recursos federais, estaduais e municipais. É lei, o município deve investir 25 % da sua receita em educação.
É discurso comum dos gestores culparem a falta de recursos para o problema da educação. Mas está a mostra, com os recursos liberados e as altas somas repassadas, que essa justificativa está falida. Aliás, tão falida quanto a própria educação do nosso município.
Na fotografia da educação de Santa Cruz está estampada a máxima de que: sobra dinheiro, falta uma gestão com o mínimo de competência para bem aplicar os recursos em prol da formação dos nossos cidadãos.

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